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CIRCUNCISÃO

10/07/2006 - EFE

Estudo afirma que circuncisão ajuda a combater a aids

Pesquisadores da Organização Mundial da Saúde anunciaram que a circuncisão poderia ser um instrumento importante para combater a aids.
Num estudo publicado na revista "Public Library of Science Medicine", os cientistas calculam que, se todos os homens se submetessem à circuncisão nos próximos dez anos, poderiam ser evitadas 300 mil mortes e dois milhões de novos casos de aids.
Segundo os cientistas, em homens circuncidados o risco de contrair o vírus é menor porque as células que formam o prepúcio são muito sensíveis à infecção. O vírus da aids pode sobreviver muito melhor no ambiente quente e úmido da parte inferior do prepúcio.
Uma equipe liderada pelo médico Bertran Auvert, do Instituto Nacional Francês para Pesquisas e por especialistas da Organização Mundial da Saúde (OMS) descobriram no ano passado que os homens submetidos à circuncisão na África do Sul tinham 65% menos de probabilidades de adquirir o vírus.
O vírus de imunodeficiência humana (HIV), que causa a aids, já infectou cerca de 40 milhões de pessoas e matou 25 milhões. A epidemia atinge principalmente os países da África subsaariana.
Os cientistas afirmam que na África ocidental "a circuncisão masculina é comum e a incidência do HIV é baixa. No sul da África ocorre o contrário".
"A análise mostra que a circuncisão masculina poderia evitar seis milhões de novas infecções e salvar três milhões de vidas na África subsaariana nos próximos 20 anos", dizem. Em termos globais, o procedimento reduziria as infecções em 37%.
No entanto, os cientistas avisam que a circuncisão masculina deve ser estudada com cautela.
"A circuncisão por si só não vai controlar a epidemia de HIV/aids na África. Os homens circuncidados também podem ficar doentes, apesar de o risco ser muito mais baixo", explicaram.