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RECEPTORES CCR-5

24/05/2006 - www.hiv.org.br

`Pacientes devem evitar exposição a mosquitos

Estudo sugere que pacientes em uso de drogas experimentais que bloqueiam receptores CCR-5 devem evitar exposição a mosquitos

Pesquisadores do Instituto Nacional de Alergia e Doenças Infecciosas dos EUA descobriram que uma mutação genética no receptor CCR5 que torna os indivíduos altamente resistentes a infecção pelo HIV também aumenta de forma significativa a susceptibilidade a infecção potencialmente fatal a um doença transmitida por pernilongos conhecida como Encefalite do Oeste do Nilo.Esse doença originária da África e que afeta primariamente aves, apareceu nos EUA em 1999 e se espalhou por 48 países da América do Norte, América Latina e Caribe. Os seres humanos são infectados pela picada do mosquito que albergam o vírus e podem apresentar quadros graves de encefalite em aproximadamente 1% dos casos. Por causa desse achado, os pesquisadores que estão desenvolvendo drogas anti-HIV baseadas no bloqueio desse receptor estão recomendando que os pacientes participantes de ensaios terapêuticos com drogas experimentais dessa classe de anti-retrovirais usem medidas de proteção (uso de repelentes, cortinados e roupas longas) para reduzir a exposição a mosquitos e que os seus médicos sejam alertados para a ocorrência de sintomas consistentes com infecção pelo vírus da Encefalite do Oeste do Nilo. Até recentemente, 5 drogas bloqueadores de CCR-5 estavam em desenvolvimento (Aplaviroc, Vicroviroc, Maraviroc, AMD070 e AMD 3100). Entretanto, os laboratórios Glaxo-SmithKline encerrou os estudos com o Aplaviroc em Outubro de 2005 por causa de toxicidade hepática. Mais recentemente a Schering-Plough interrompeu os ensaios de Fase IIb com o Vicroviroc em pacientes virgens de tratamento anti-HIV após observarem que vários pacientes apresentaram falha virológica ao tratamento, mas o estudo em pacientes com experiência prévia ao tratamento foi mantido. O AMD 3100 também teve os seus estudos interrompidos por causa de efeitos colaterais (alta incidência de arritmias cardíacas). Maraviroc e AMD070 continuam em estudo.