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ENTRADA NOS ESTADOS UNIDOS
12/05/2006 - Agência Saúde
Solicitação de revisão da proibição do ingresso de hiv+
GCTH vai pedir que EUA reveja a proibição do ingresso de pessoas com HIV em solo americano
Os representantes dos países que compõem o Grupo de Cooperação Técnica Horizontal (GCTH), reunidos desde a última terça-feira em Buenos Aires, decidiram nesta quinta-feira (11/05) que vão encaminhar pedido para que os Estados Unidos revejam a sua proibição de receber pessoas vivendo com HIV. Esse pedido está sendo feito em decorrência da próxima reunião da Sessão Especial da Assembléia Geral das Nações Unidas sobre HIV/Aids, que ocorrerá entre os dias 31 de maio e 2 de junho, em Nova Iorque. O governo americano vai autorizar extraordinariamente a entrada de portadores do HIV no país para participação no evento. Entretanto, a preocupação dos integrantes do GCTH é que essas pessoas fiquem registradas no sistema de imigração norte-americano e nunca mais consigam um visto de entrada naquele país em outras ocasiões.
Nas discussões de ontem (10/05), o GCTH decidiu que apresentaria uma proposta única para a próxima rodada de financiamento de projetos apoiados pelo Fundo Global de Luta contra a Aids, Tuberculose e Malária. O que não impede que os países apresentem propostas individuais, desde que não se choquem com a proposta regional. Até agora, 11 países se predispuseram a estarem incluídos neste projeto único. O grupo decidiu ainda que esses projetos devem ter como públicos-alvo as populações mais vulneráveis à infecção ao HIV, como os Homens que Fazem Sexo com Homens (HSH) e profissionais do sexo. Esse projeto continental será coordenado pelo México e terá apoio do Brasil, e das redes: ASICAL, REDLA, REDTRASEX, LACCASO. A rodada para apresentação de propostas ao Fundo Global termina no dia 03 de agosto deste ano.
O encontro terminou nesta quinta-feira (11/5), e foi organizado pelo Brasil, que exerce o cargo de secretaria técnica, e pelo Programa Nacional de Aids da Argentina. O evento tem ainda a participação de representantes do Programa Conjunto das Nações Unidas sobre HIV e Aids (UNAIDS), da Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS), do Fundo de População das Nações Unidas (UNFPA), do Fundo Global e das seguintes redes regionais:
· Associação para a Saúde Integral e Cidadania da América Latina e Caribe (ASICAL);
· Rede Latino-americana de Pessoas Vivendo com HIV/aids (REDLA+);
· Comunidade Internacional de Mulheres Vivendo com HIV/aids (ICW+);
· Movimento Latino-americano e Caribenho de Mulheres Vivendo com HIV/AIDS (MLCM+);
· Rede de Trabalhadoras Sexuais da América Latina (REDTRASEX);
· Conselho Latino-americano e Caribenho de Organizações com Serviços em Aids (LACCASO);
· Rede Latino-americana de Redução de Danos (RELARD).
Segundo dados do Unaids, existem cerca de 1,8 milhão de pessoas vivendo com aids na América Latina e no Caribe. Desse total, aproximadamente 300 mil pacientes recebem medicamentos anti-retrovirais na região. Espera-se atingir 100% de cobertura em todos os países da região até 2010. O Brasil oferece tratamento gratuito a todos os seus doentes de aids desde 1996. Atualmente, são 170 mil pacientes em tratamento com a terapia anti-retroviral.