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ESTUDO ESPANHOL: HIV / ATEROESCLEROSE

28/03/2006 - www.hiv.org.br

Aumento do risco

Estudo espanhol sugere que terapia anti-retroviral aumenta risco de ateroesclerose em pacientes HIV+

Pesquisadores espanhóis demonstraram que o uso de terapia anti-retroviral é um importante fator de risco independente para o desenvolvimento de aterosclerose carotideana ( um importante indicador de risco cardiovascular) em pacientes HIV+. Nesse estudo, 132 pacientes infectados pelo HIV foram avaliados, sendo que aproximadamente a metade não tinham mais do que um fator de risco cardiovascular e a outra metade tinha dois ou mais fatores. Aterosclerose sub-clínica foi detectada em aproximadamente 42% dos pacientes, sendo que essa taxa variou de 27% nos pacientes com risco cardiovascular muito baixo a cerca de 77% no grupo com risco elevado. Entretanto, somente 2 dos 32 pacientes virgens de tratamento com risco cardiovascular muito baixo tinham aterosclerose sub-clínica, enquanto que isso foi observado em 15 ( 47%) dos pacientes em uso de terapia anti-retroviral. Os pesquisadores afirmaram que o fator de risco mais significante para ateroesclerose carotideana foi o uso de terapia anti-retroviral combina da (RR= 10,5) e um risco coronário elevado (RR=4,2). Assim, o estudo sugere que embora os fatores convencionais associados com o risco cardiovascular contribuam para o risco de ateroesclerose carotideana, a terapia anti-retroviral tem um papel importante, o que indica a necessidade de se utilizar agentes anti-retrovirais com menor potencial cardiotóxico no futuro.

Por: Marco Vitória