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DISFUNÇÃO SEXUAL

03/01/2006 - www.hiv.org.br

Prevalência e fatores associados em homens hiv+

Um estudo conduzido por pesquisadores espanhóis e italianos avaliou a prevalência e os fatores de risco para disfunção sexual entre homens HIV+ com quadro clínico estável. Nesse estudo transversal, 150 pacientes foram investigados utilizando-se parâmetros clínicos e laboratoriais, incluindo avaliação para presença de hipogonadismo (deficiência funcional das gônadas que pode acarretar retardamento do crescimento e do desenvolvimento sexual). Segundo o estudo, cerca de 51% apresentavam disfunção erétil, 30% tinham diminuição do desejo sexual , 22% tinham problemas orgásticos e 46% relataram estar insatisfeitos com a vida sexual. Os principais obstáculos para a função sexual identificados no estudo foram o medo de infectar o parceiro, o uso do coquetel e o uso de condoms. Os pacientes mais velhos, homossexuais masculinos e com historia de ansiedade, depressão, hemoglobina glicosilada elevada e em uso de terapia com anti-lipêmicos também apresentavam uma maior chance de ter problemas de disfunção sexual. Presença de lipodistrofia também esteve significativamente associada com essa situação, mas o uso de anti-retrovirais e níveis hormonais não mostrou associação com disfunção erétil ou outros problema sexuais. Os autores concluíram que disfunções sexuais, particularmente problemas de ereção são comuns em homens HIV+ na Europa e sugerem uma avaliação de rotina para esse tipo e problema em pacientes infectados pelo HIV. Entretanto, o uso do coquetel e hipogonadismo não estiveram associados com disfunção sexual nessa população.

Por: Marco Vitória