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MULHERES HISPÂNICAS NOS EUA

18/10/2005 - EFE

Aids cresceu 53% entre hispânicas nos EUA desde 1990

A progressão da aids entre as mulheres hispânicas nos Estados Unidos foi constante nos últimos 15 anos e aumentou 53%, segundo um estudo divulgado hoje por uma organização latina.
Representantes democratas e líderes da comunidade hispânica pediram hoje ao Governo que preste mais atenção ao problema, após a divulgação do relatório da Federação Hispânica de Mulheres chamado "As esquecidas: As Latinas e a Aids".
A pesquisa mostra que as mulheres desta minoria representam 20% dos novos casos da doença nos Estados Unidos.
"A aids tem impacto devastador nas comunidades latinas, e em 2003 foi responsável pela morte de mais de 92.000 membros desta minoria, que apresenta o mais rápido crescimento no país", disse a autora do estudo, Elsa Ríos, em entrevista coletiva realizada no Congresso.
Ríos acrescentou que as hispânicas representam 21% de todos os casos de aids entre as mulheres dos EUA.
O relatório contém uma série de recomendações para a assistência a esta parcela da população: ampliação do acesso aos tratamentos e serviços de apoio, atendimento bilíngüe e aumento do orçamento para educação sexual.
A congressista democrata da Califórnia Hilda Solís, afirmou que "as mulheres latinas são as mais vulneráveis à infecção do vírus HIV", após fazer um apelo ao Governo federal para que "inicie programas de prevenção e tratamento nesta comunidade".
Além de Solís, seu colega na Câmara Bob Menéndez e líderes latinos como Lilian Rodríguez, que preside a Federação de Mulheres Hispânicas, pediram ao Congresso dos EUA que destine recursos para a compra de remédios "pois grande parcela dos infectados não tem recursos financeiros e seguro médico".