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A AIDS NA ALEMANHA
06/10/2005 - Reuters
Alemanha tem aumento acentuado de infecções por HIV
O número de infecções confirmadas pelo HIV na Alemanha cresceu acentuadamente no primeiro semestre, o que, segundo o governo, indica que a epidemia não está sendo levada suficientemente a sério.
O número de infecções pelo HIV saltou para 1.164 na primeira metade de 2005, um aumento de 20 por cento em comparação com o mesmo período de 2004, segundo nota do Instituto Robert Koch, que centraliza os dados da doença para o governo.
Embora o número de casos não seja assombroso em comparação com os países mais atingidos da África e da Ásia, o ministério alemão da Saúde disse que a tendência é preocupante e pode indicar que algumas pessoas não consideram a Aids uma ameaça séria.
Reinhard Kurth, presidente do Instituto Robert Koch, disse ser necessário explicar claramente ao público que não há cura para o vírus HIV, que destrói gradualmente o sistema imunológico das vítimas.
"Mais esforços devem ser feitos para explicar e informar as pessoas de que, apesar de uma melhora na terapia, não há cura para esta doença", disse ele.
Segundo o instituto, homens homossexuais respondem por quase 60 por cento das novas infecções pelo HIV. "O risco de um homossexual masculino contrair uma infecção por HIV na Alemanha é quase o dobro do que há 12 anos", acrescentou a nota.
Para os homens em geral, o risco de contrair a doença é 7,5 vezes maior do que para as mulheres. Os mais atingidos pelas novas infecções são homens de 25 a 45 anos.
O principal fator de risco para as mulheres no país é o contato sexual com homens de outros grupos -- homens de países com alta incidência de Aids, usuários de drogas injetáveis e homens que tiveram relações homossexuais.
O instituto disse que nos grandes centros urbanos da Alemanha -- Berlim, Hamburgo, Munique, Colônia e Frankfurt -- a incidência do vírus é maior.
Cerca de 40 milhões de pessoas no mundo são portadores do vírus da Aids. A África, com 25 milhões de casos, é a região mais atingida. Cerca de metade das vítimas em nível mundial são mulheres.