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VACINA ISRAELENSE CONTRA A AIDS
20/06/2005 - Agência Aids
Oferece esperança em testes
Uma vacina experimental desenvolvida pela Hadassah University Medical Center, em Jerusalém, mostrou ser promissora em proteger o sistema imunológico dos doentes de Aids enfraquecido pelas infecções.
Atualmente em testes clínicos, a vacina foi desenvolvida pelo Dr. Rivka Aboulafia-Lapid e equipe em Hadassah, junto com cientistas do Centro Médico Kaplan e do Instituto de Ciência Weizmann, em Rehovot. A vacina, dada a 13 pacientes em 33 injeções, até agora mostrou ser não tóxica aos pacientes e dobrou a quantidade de células CD4, as quais são destruídas pelo vírus.
A pesquisa já foi publicada no Journal of Clinical Virology and Vaccine (Jornal de Vacina e Virologia Clínica), embora a vacina continue em fase experimental e deva ser testada com um número maior de pacientes.
Aboulafia-Lapid disse que o objetivo da equipe de pesquisa é fornecer tratamento suplementar ao coquetel de Aids tomado diariamente para brecar o processo destrutivo auto-imune. Os pesquisadores continuam a trabalhar na vacina graças aos subsídios do Hadassit, departamento de pesquisa e desenvolvimento da Universidade Hadassah, e de outras fontes. Mais pacientes devem ser vacinados em Beersheva, Tel Aviv e na França.
A idéia de fortalecer o sistema imunológico com uma vacina foi levantada há uma década atrás pelo professor Henri Atlan, do departamento de medicina biofísica nuclear da Universidade de Hadassah. O vírus HIV causa danos não só por penetrar as células CD4, mas também por fazer o próprio sistema protetor imunológico destruir estas células benéficas em um processo auto-imune.
Devido ao fato de muitos pacientes de Aids terem um sistema imunológico enfraquecido mesmo depois do vírus ter sido dizimado pelo coquetel, Atlan e equipe sugeriram que era a destruição auto-imune das células CD4 que estavam enfraquecendo o organismo.
Desde 1998, a vacina vem sendo testada em 13 pacientes, incluindo oito pacientes com o tipo B de HIV (brancos) e cinco com o tipo C (negros). Nove desses pacientes que recebem as injeções mostraram um aumento de células CD4 de 300 para 600. Os outros cinco ainda não completaram a série total de aplicações.