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LÍBIA CONDENA A MORTE BÚLGARAS

27/05/2005 - Agência Aids

Acusação de contagiar crianças com hiv


O presidente da Bulgária, Georgi Purvanov, viaja hoje, sexta-feira, em visita oficial a Trípoli onde se reunirá com seu homólogo líbio, Muamar Kadafi, e visitará na prisão de Benghazi as enfermeiras búlgaras condenadas à morte por supostamente contagiar crianças líbias com aids. A visita de dois dias do governante búlgaro acontece na véspera de 31 de maio, data na qual a Corte Suprema da Líbia se pronunciará em última instância sobre a apelação apresentada por cinco enfermeiras búlgaras e um médico palestino. Os seis trabalhadores sanitários foram condenados à morte em maio de 2004 por serem considerados culpados de causar uma epidemia de aids e contagiar com o vírus cerca de 426 crianças líbias no hospital infantil de Benghazi em 1998. No entanto, as autoridades de Sófia são cautelosas na hora de comentar os possíveis resultados da visita de Georgi Purvanov e sua reunião com Muamar Kadafi. O próprio presidente búlgaro declarou em uma recente entrevista televisiva que não é preciso alimentar excessivas expectativas em relação com sua viagem a Trípoli, especificando que "o sentido da visita é recuperar o diálogo". Já o ministro de Assuntos Exteriores do país balcânico, Solomon Passy, destacou pouco antes desta viagem que podem ser depositadas esperanças na visita. Em meados desta semana a comissária de Relações Exteriores da União Européia, Benita Ferrero-Waldner, disse que "há uma pequena chama de esperança" para que se resolva a situação, após se reunir em Trípoli com o presidente líbio, Muamar Kadafi, e visitar os acusados na prisão. A postura do Estado búlgaro, baseada em conclusões de especialistas internacionalmente reconhecidos na matéria, é que as enfermeiras são inocentes já que a epidemia de aids no hospital de Benghazi aconteceu antes de começarem a trabalhar ali e sua causa foi a má higiene.