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AIDS NA ÁFRICA ATÉ 2005
08/03/2005 - UOL/ France Presse
Agência da ONU prevê três cenários
Até 2025, o continente africano pode evitar 43 milhões de novos infectados pelo vírus da Aids (HIV) com investimentos significativos e, sobretudo, com ajuda externa em saúde, formação, ação social e infra-estrutura, de acordo com a ONUAids.
A agência da ONU apresentou três possíveis cenários "sobre a maneira como a epidemia da Aids na África pode evoluir nos próximos 20 anos, com base nas decisões políticas tomadas hoje pelos líderes africanos e o restante do mundo", explicou a ONUAids em um comunicado.
A primeira situação, intitulada "O peso do passado: a espiral infernal" mostra o que pode acontecer se as políticas domésticas africanas em matéria da Aids forem ineficazes e a ajuda externa oscilar ou diminuir.
Nesta projeção, a pandemia "esgota os recursos e enfraquece as infra-estruturas. Por isso, a armadilha da pobreza, do subdesenvolvimento e das desigualdades se fecha ainda mais". Conseqüentemente, avalia a ONUAids, o nível de HIV se mantém de hoje até 2025 parecido com o que prevalece agora.
A segunda situação, chamada de "Opções sem concessão: a África se compromete com a luta", apresenta uma imagem da situação resultante de políticas internas "eficazes", mas com um estancamento da ajuda externa.
Neste caso, os responsáveis africanos "optam por medidas rigorosas, com o objetivo de reduzir a propagação do HIV em longo prazo", explicou o relatório.
O fortalecimento da terapia anti-retroviral beneficiaria um terço das populações afetadas em 2025, contra menos de 5% atuais, e desta maneira seriam evitadas 24 milhões de infecções de HIV, embora haja a ameaça de que o número de órfãos da Aids duplique, acrescenta a ONUAids.