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MANIFESTAÃÃO PELA REGULARIZAÃÃO

23/02/2005 - Agência Aids

Quarta feira, 11:30h em frente ao MASP

O destino será a Justiça Federal. Os cartazes pedirão compromisso político e medicamentos contra a Aids, que para eles representam a vida. Nesta quarta-feira, 23, pessoas vivendo com HIV/AIDS em São Paulo e Santos saem às ruas para pedir a tutela antecipada do coquetel, cuja distribuição gratuita acontece desde 1996, após a criação da Lei 9.313/96, de autoria do Senador José Sarney.
Segundo o presidente do Grupo de Incentivo à Vida (GIV), Gil Casimiro, a iniciativa do governo federal em comprar medicamentos argentinos é provisória e faz temer as pessoas com HIV/AIDS. “Temos a certeza de que no máximo 15 dias a falta vai acontecer novamente. Queremos uma resolução definitiva para este problema”, afirma. Ele, que representa o movimento social em São Paulo, ressalta ainda que a compra emergencial houve devido a uma pressão da mídia. “Se é um problema de matéria prima, o governo já deveria estar prevenido”, completa.
Os anti-retrovirais Biovir, Atazanavir, Indinavir e AZT foram os mais requisitados pelos portadores do HIV/AIDS. De acordo com o primeiro secretário da ONG Hipupiara, de São Vicente, Beto Volpe, a falta de medicamentos desse tipo é grave e requer pressa na sua solução. ‘‘Não podemos esperar”, alerta. Para ele, todas as reuniões e comissões formadas pelos órgãos governamentais não dão resultados práticos e ágeis. “Por isso, decidimos entrar com essa ação judicial para garantir a medicação’’, afirmou.
A concentração para a manifestação em São Paulo acontece a partir das 11h30 no vão livre do Museu de Arte de São Paulo (MASP), na Avenida Paulista. Em Santos, os ativistas vão se encontrar na Praça Barão de Rio Branco - região central, às 12h.

PONTOS DE DISTRIBUIÇÃO AINDA ESTÃO SEM MEDICAMENTOS

Os medicamentos contra a Aids comprados pelo governo brasileiro junto ao Ministério da Saúde da Argentina chegaram no último domingo, 20, no Estado de São Paulo, mas até a tarde desta terça-feira, 22, ainda não estavam disponíveis em alguns dos principais pontos de distribuição à população da capital.
De acordo com levantamento realizado pela Agência de Notícias da Aids, a Casa da Aids não foi prejudicada com o desabastecimento, mas no Emílio Ribas e Centro de Referência em DST/AIDS (CRT) os novos estoques ainda não chegaram. No Serviço de Assistência Especializada (SAE) Sapopemba, onde 800 pessoas se tratam está previsto para chegar hoje, 20, um montante de Atazanavir 200mg, AZT e 3TC. Entretanto, os dois primeiro medicamentos serão insuficientes para os soropositivos.
Em Santos, a Coordenação Municipal de DST/AIDS informa que o estoque de medicamentos na cidade ainda é suficiente para atender aos cerca de 1.600 pacientes que recebem o coquetel.