Histórico do GIV no dia mundial de luta contra a Aids

1° de Dezembro de 2011

Ato do Forum de ONG Aids de São Paulo no vale do Anhangabaú em São Paulo no dia 1° de dezembro de 2011.

1° de Dezembro de 2010

GIV participa com o Fórum ONG Aids de São Paulo em evento na Praça Da República.

Esse ano o tema é "Movimento de AIDS em Defesa da Vida" e vai reunir representantes das 120 ONGS AIDS existentes no estado de São Paulo, além de ativistas na área de saúde e cidadania.

Os especialistas da ONU acreditam que 33,4 milhões vivem hoje com o HIV em todo o mundo, sendo que cerca de 2 milhões na América Latina. O Brasil registra, por mês, cerca de 35 mil novos casos da doença. Hoje, segundo dados do Ministério da Saúde, há no Brasil cerca de 630 mil pessoas vivendo com o HIV. Do início da epidemia, em 1980, até junho de 2009*, foram realizados 544.846 diagnósticos. Durante esse período, foram registradas 217.091 mortes em decorrência da doença, segundo dados do Boletim Epidemiológico de 2009.

O Fórum ONG Aids pretende com o ato "Movimento de AIDS em Defesa da Vida" alertar para as conquistas obtidas até o momento e também falar de alguns retrocessos das políticas públicas de saúde aos portadores de AIDS. Esse ano houve uma deficiência na distribuição de remédios e alguns pacientes tiveram dificuldade para receber o medicamento. Também serão abordadas durante o evento, questões como diagnóstico tardio, falta de leitos e carência nos SAE, Serviços de Atendimento Especializados da doença.

 

1° de Dezembro de 2009

ONGs de apoio a pessoas com Aids protestam contra convênio do Emílio Ribas.

O Fórum ONG Aids, que reúne 120 ONGs do Estado de São Paulo que trabalham contra a discriminação e fornecem apoio aos infectados com o vírus HIV, promove manifestação nesta terça-feira (1°) às 11h, em frente ao Hospital Emílio Ribas, no Dia Mundial de Luta Contra a Aids.

Os protestantes reclamam contra o convênio com a Faculdade de Medicina da USP que permitiria a terceirização das atividades de gestão e assistência. "Isso pode gerar instabilidade nas condições de trabalho, nas remunerações dos profissionais e no corpo clínico", diz comunicado das ONGs.

De acordo com o presidente do Fórum Aids de São Paulo, Rodrigo Pinheiro, o Emílio Ribas é o hospital que mais atende pessoas com HIV/AIDS na América Latina. "Estamos falando de um patrimônio do Sistema Único de Saúde e um símbolo de resistência e de resposta pública efetiva no Combate a Aids."

O convênio já foi autorizado pelo governador José Serra, em 12 de novembro. No entanto, para Pinheiro, a medida não foi discutida previamente com a comunidade, e o fórum prefere que o Emílio Ribas permaneça administrado diretamente pelo estado, "com conselho gestor e com garantias da qualidade de assistência".

Folha Online - 01/12/2009

 

1° de Dezembro de 2008

Manifestação do Fórum de ONG/Aids de São Paulo faz críticas a política nacional de combate ao vírus.

Tem sido praxe considerar a política federal brasileira na área do HIV como a melhor do planeta. Para os ativistas paulistas do movimento de luta contra a Aids, no entanto, essa idéia é uma falácia. “O marketing não pode se sobrepor a questões de saúde pública. O melhor programa de Aids do mundo deixa muito a desejar”, afirmou José Araújo, na manhã desta segunda-feira (01/12), durante manifestação do Fórum de ONG/Aids de São Paulo. O ato, que durou pouco mais de uma hora, foi para lembrar o Dia Mundial de Luta Contra a Aids, que acontece todo 1º de dezembro.

“Não temos a melhor política de Aids do mundo”, acredita o integrante da AFXB (centro de convivência para crianças que vivem com HIV/Aids em São Paulo). José Araújo considera, entretanto, que o Brasil tem “uma política diferenciada dos países de 3º mundo”, mas que ela não pode ser considerada a melhor do planeta. A manifestação, promovida pelo Fórum paulista de ONG/Aids, aconteceu na região central da capital paulista.

No início do ato, os ativistas se concentraram no Viaduto do Chá. Em seguida, caminharam até a sede de prefeitura de São Paulo. Depois, no final da manifestação, os militantes se reuniram na frente do Teatro Municipal, onde foi lida uma carta aberta à população. O ato, de acordo com o presidente do Fórum paulista de ONG/Aids, Rodrigo Souza Pinheiro, reuniu cerca de 50 pessoas.

“O melhor programa de Aids do mundo ainda é um sonho”, garantiu Lucila Magno, vice-presidente do Fórum de ONG/Aids de São Paulo. “Governo acorde. População nos ajude”, exclamou, por meio de um megafone, a ativista de Sorocaba. “O governo brasileiro precisa ter políticas de prevenção mais eficazes”, avaliou Rodrigo Souza Pinheiro, presidente do Fórum de ONG/Aids de São Paulo.

“A política nacional de prevenção e a política dos estados e municípios têm deixado a desejar”, avaliou Mário Scheffer, integrante do Pela Vidda de São Paulo. Um das faixas da manifestação, dizia o seguinte: “Sem dinheiro para a saúde como manter o ‘melhor’ programa de Aids do mundo?” Outra denunciava: “A Aids continua matando e o governo continua se omitindo”.

Léo Nogueira, Agência Aids - 01/12/2008

 

1° de Dezembro de 2007

Ativistas fazem protesto na Secretaria Estadual da Saúde de São Paulo.

"10 mortos todo dia e o governo silencia!". Este foi o grito de guerra usado por ativistas do Estado de São Paulo, na véspera do Dia Mundial de Luta Contra a Aids. O Fórum Estadual de ONGs Aids de São Paulo fez no fim da manhã desta sexta-feira (30) protesto na Secretaria Estadual de Saúde. O movimento social solicitou, principalmente, uma audiência com o secretário Luiz Roberto Barradas Barata, mas foram atendidos por um representante. “Isso é bem emblemático, ele nunca recebeu o movimento de Aids e acho muito chato isso. Na véspera do Dia Mundial da Aids e a porta da sala dele estava trancada”, contou o ativista Mário Scheffer, do grupo Pela Vidda. O movimento questiona porque no Brasil, mesmo com tratamento, morrem cerca de 30 pessoas por dia em decorrência da Aids, sendo 10 em São Paulo.

Cerca de 100 pessoas estiveram no local durante as manifestações. “Não vamos comemorar o Dia Mundial de Luta Contra a Aids como governo está fazendo. Só vamos o dia que acabarem as mortes por Aids”, criticou o ativista José Araújo Lima, da AFXB Brasil.

Em seguida, ele abordou como a doença vem sendo tratada na televisão. “A Aids é usada por partidos políticos como o PSDB”, reclamou, em referência às propagandas veiculadas recentemente na TV para afirmar que foi o partido que criou o melhor programa de aids do mundo, informação já criticada por diversos ativistas e por setores do governo.

“10 mortes por dia no Estado de São Paulo é uma situação no mínimo inaceitável”, disse o ativista Jorge Beloqui. As falas foram proferidas por meio de um megafone na porta da Secretaria Estadual de Saúde.

Depois dos protestos, um grupo de membros do movimento protocolou no órgão estatal uma carta aberta, com 20 considerações. Uma delas, por exemplo, pergunta por que o Hospital das Clínicas e o Emílio Ribas não possuem um conselho gestor.

“Temos um ótimo diálogo com o Programa Estadual de DST/Aids, mas isso não acontece com a Secretaria. Fomos recebidos por um representante (do secretário estadual) que se comprometeu com algumas medidas”, contou Scheffer.

Um dos compromissos foi a ampliação de exames HIV para diminuir o número de casos com diagnóstico tardio da Aids e também ampliar os serviços de cirurgias contra Liposdistrofia (perda de massa muscular) em pacientes com o vírus da Aids.

“Outra recomendação que fizemos foi a interlocução entre a Secretaria Estadual de Saúde e a de Assistência Social, para melhorarem os serviços”, disse Silvana Rodrigues Costa, membro do Cefram.

Entres os ativistas do grupo que entraram dentro da Secretaria para protocolar o pedido estavam Lucila Magno, Américo Nunes, Mário Scheffer, Jorge Beloqui (GIV), Silvana Rodrigues Costa, entre outros.

Agência Aids - 30/11/2007

 

1° de Dezembro de 2006

Ativistas pedem quebra de patentes.

“Tá faltando vontade política”, garante Américo Nunes, do Fórum de ONG/Aids do Estado de São Paulo. “A guerra do Iraque chegou ao Brasil com a falta de gamoglobulina [medicamento utilizado para aumentar o número de anticorpos no sangue, que está em falta por causa da grande demanda no front estadunidense]. A gente precisa sair pra rua pra garantir que os medicamentos estejam disponíveis”, afirma enfaticamente Paulo Giacomini, da Rede Nacional de Pessoas Vivendo com HIV/Aids (RNP). “Temos que ter autonomia de produção”, pede Beth Franco, psicóloga e integrante do Grupo de Incentivo à Vida (GIV). “Os remédios encareceram. É difícil bancar. Essa política tá no limite”, explica o deputado federal recém-eleito Paulo Teixeira (PT-SP). Falas diferentes, de pessoas diferentes, mas todas têm algo em comum: exigem a imediata quebra de patentes.

Os inflamados discursos foram feitos diante do Serviço de Atendimento Especializado (SAE) Campos Elíseos no fim da manhã e início da tarde desta sexta-feira (01/12), Dia Mundial de Luta contra a Aids. No encerramento, Beth Franco (GIV) foi direta: “A gente quer um compromisso público do presidente [sobre a quebra de patentes]. Não queremos uma audiência com o ministro, queremos falar com o presidente”, pediu. O protesto, que durou cerca de duas horas, tinha três reivindições básicas (segundo nota divulgada pelo Fórum de ONG/Aids do Estado de São Paulo):

1. Retorno imediato do SAE Campos Elíseos ao local (devidamente restaurado) da Alameda Cleveland;

2. Imediata regularização do acesso aos insumos de saúde específicos: medicamentos anti-retrovirais, exames e preservativos. Além do preenchimento das vagas para profissionais de saúde;

3. Regulamentação da Proposta de Emenda Constitucional (PEC) 29, para que o orçamento da saúde seja investido somente em saúde.

Os três pontos foram lembrados ao longo do ato, realizado debaixo de sol e vigiado por três carros da Polícia Militar do Estado de São Paulo, contudo, os ativistas também falaram a respeito da falta do medicamento gamoglobulina, das reformas previstas para o Hospital Emílio Ribas (que pode provocar “redução de leitos”, segundo Jorge Beloqui, do GIV) e também da necessidade da instalação imediata de um conselho gestor no hospital (algo previsto em lei, ainda de acordo com Beloqui).

“Tem que fazer valer a nossa cidadania. São absurdas as condições desse SAE nos últimos três anos”, protesta Fátima Baião, do Conselho Estadual de Saúde. “É fundamental que nesse ano [2007] nós consigamos recuperar esse equipemanto [o SAE Campos Elíseos]”, disse o deputado federal Paulo Teixeira (PT-SP). Foi consenso: todos os presentes criticaram as condições do espaço, mas elogiaram o trabalho dos funcionários do local (classificados como “dedicados”).

Gil Camisimiro, da Articulação com a Sociedade Civil Organizada da Secretaria Municipal de Saúde, concordou com as críticas. Ele qualificou a situação como “insustentável”. Na tarde da última quarta-feira (29/11), a Secretaria de Saúde do Município anunciou a possibilidade de convênio com o Hospital Sírio Libanês, pelo qual o hospital ficaria responsável pela restauração do local onde ficava o antigo SAE Campos Elíseos (na Alameda Cleveland, 374). Segundo a Secretaria, o valor do convênio alcançaria R$ 2 milhões.

Agência Aids - 02/12/2006

 

1° de Dezembro de 2003

Ato no Dia Mundial de Luta contra a Aids - 1° de Dezembro de 2003.
Dia Mundial de Luta contra a Aids - 1° de Dezembro de 2003
Hoje é o Dia Mundial de Luta Contra a Aids. Nós, representantes de organizações não-governamentais e pessoas vivendo com HIV, estamos em praça pública para alertar: A AIDS NÃO MORREU! Pelo contrário, continua sendo um problema que diz respeito a todos os cidadãos e cidadãs, que exige medidas e respostas urgentes.
NÃO É HORA DE COMEMORAR! Nesta data, estamos movidos pelo ativismo e unidos na solidariedade. O momento é de reconhecimento de nossas conquistas, lamento de nossas perdas e renovação das esperanças.
NÃO PODEMOS ESCONDER A REALIDADE! Os últimos anos foram marcados por importantes avanços no combate à AIDS. O Brasil é tido como modelo, mas ainda existem muitos problemas e omissões. Todos os anos 10 mil cidadãos morrem de Aids e 21 mil novos casos são notificados. Metade da epidemia está concentrada no Estado de São Paulo; 25% dos casos na capital.
NÃO DÁ PARA RELAXAR! Pesquisas recentes (da rede BBC e do IBOPE) demonstram que o brasileiro não está totalmente informado ou não adota medidas de prevenção. Mesmo com todos os esforços, já são 600 mil pessoas com HIV, sendo que a maioria não sabe que está infectada.
A PREVENÇÃO É DEFICIENTE! As campanhas para a população em geral são falhas, mas também faltam ações de prevenção dirigidas aos grupos mais expostos à infecção: homossexuais, usuários de drogas injetáveis, jovens, mulheres, população de baixa renda, dentre outros. Diante da falta de compromisso dos governos, as ONGs não tem condições de assumir toda essa responsabilidade.
A ASSISTÊNCIA É PRECÁRIA! Faltam leitos – mais de 100 na cidade de São Paulo - ; estados e municípios não garantem medicamentos para doenças oportunistas; há demora na realização de exames; falta política de pessoal e de humanização nos serviços de saúde; faltam recursos para o Sistema Único de Saúde e remuneração digna para os profissionais.
Convocamos a todos para juntar-se a nós. Entre nesta luta pela vida e contra a Aids.