É sempre importante reforçar essa informação.
Sendo a aids uma sigla de língua inglesa (Acquired Immune Dificiency
Syndrome) não justifica a derivação em palavra
de língua portuguesa. É preciso entender também
que a aids não é uma doença, mas sim uma síndrome
(conjunto de sinais e sintomas). Além disso, o termo adota a
intenção subjetiva de estigmatizar as pessoas que vivem
com HIV, o vírus da aids, tornando-as sinônimas da doença.
Dizer que alguém é aidético significa dizer que
essa pessoa é a própria doença, que tem uma nova
identidade relacionada ao HIV. Destitui-se o cidadão de seus
direitos individuais, passando a ser visto como uma pessoa com a morte
anunciada. Também é necessário diferençar
as etapas da evolução da imunodeficiência. Os portadores
do vírus da aids só desenvolvem a doença quando
seus organismos não conseguem mais se defender das doenças
oportunistas, ocasionadas pela baixa imunidade (poucos linfócitos
T4).
Os termos corretos que deverão ser utilizados, caso seja possível,
são: soropositivos para o HIV ou portadores do HIV (tanto para
quem tem o vírus como para quem está doente) ou doente
de aids (somente para quem já está desenvolvendo doenças
oportunistas relacionadas à aids).
Rede Nacional de Direitos Humanos em HIV e Aids - RNDH- Nº
04 - Semana de 04 a 10 de maio de 1997