Vida Digna

Desde sua fundação em 8 de fevereiro de 1990, o GIV - Grupo de Incentivo à Vida tem atuado na luta pelos direitos à saúde e a não discriminação. Também no fortalecimento mental, social e emocional das pessoas vivendo com HIV/Aids. Atualmente este trabalho de cuidados e suporte psicossocial é desenvolvido tanto na sede da instituição quanto em quatro centros de referência da cidade de São Paulo por meio de cuidadores voluntários.

No que se refere à adesão ao tratamento e aos medicamentos, de forma pioneira no ano de 1997, o GIV publica em seu informativo "A Ponte", matéria de capa, com o tema: "Você e os novos remédios: nossas responsabilidades". Artigo que chama a atenção para a importância e cuidados que o tema demanda.

Mantendo seu caráter inovador, em 2004, durante o "VIII Encontro de profissionais e educadores que trabalham com portadores do HIV/Aids", o GIV realizou uma mesa de debates para discutir o tema Prevenção com Portadores(as) do HIV/Aids. Assim, buscava respostas para perguntas como: a prevenção é só o uso da camisinha? Como reduzir os riscos numa relação sexual? Como a prevenção afeta ou não a ocorrencia de outras DSTs a sua saúde e a de seu parceiro(a)? Como se relacionam prevenção e antirretrovirais? Como se dá a prevenção "posithiva" e os direitos à saúde reprodutiva feminina e masculina?

Convidamos a todos os interessados a participar das atividades do nosso projeto, no qual oferecemos oficinas com temas sobre adesão; prevenção "posithiva"; sexualidade e gênero; revelação; auto-estima; perdas e danos; além de palestras sobre lipodistrofia e antirretrovirais; cursos de dança; massagem e reuniões específicas para portadores do HIV/Aids

Lembrete:

Evite atrasos na retirada mensal dos seus antirretrovirais.

Lembre-se de que você tem direito a uma cota mensal de preservativos. No tocante às mulheres, se em sua unidade de tratamento não existe distribuição de camisinha feminina, faça valer seus direitos, reclame formalmente.

O gel lubrificante deve ser disponibilizado para todos os sexos.

Quando se é portador

A Aids ainda não tem cura, mas muita coisa mudou desde o início da epidemia no final da década de 70. Naquela época, não existiam informações e medicamentos que temos hoje à disposição.

Descobrir-se portador do vírus HIV não é o fim do mundo. Aids não é sinônimo de morte.

Atualmente, milhares de pessoas estão infectadas com o HIV/Aids no Brasil e levam uma vida normal. Claro que elas necessitam respeitar os limites de seu organismo.

Para o portador, estar informado sobre a Aids é mais uma arma nesta luta.

Os portadores que fazem uso de remédios anti-HIV, não podem desprezar a adesão à medicação e ao tratamento, que nada mais é: tomar a dose total prescrita pelo médico, no horário certo, todos os dias, com a alimentação e jejum adequados. Os remédios anti-HIV são distribuídos gratuitamente pela rede pública.

Grupos de apoio, como o GIV, são uma poderosa feramenta para se lidar com essa nova realidade de vida.

O isolamento não ajuda. Sua vida não está perdida, nem condenada à melancolia.

Ser um portador pode significar a possibilidade de estar mais próximo da realidade: somos todos mortais. Assim precisamos fazer de nossas vidas uma existência de qualidade.

É possível ter atitudes positivas vivendo com HIV/Aids, porém é muito mais difícil se você estiver sozinho.

Poster do projeto Vida Digna