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Região já aplicou 199 testes rápidos

25/04/2003 - DIÃRIO DA REGIÃO (S.J. Ri

Testes em parturientes ocorreram em 37 maternidades do SUS.

Pelo menos 199 testes rápidos para detectar o vírus HIV em parturientes já foram realizados nas 37 maternidades conveniadas ao Sistema Único de Saúde (SUS) da região de Rio Preto. Apenas dois testes tiveram resultados positivos. Os dados são referentes ao mês de fevereiro e a uma parte de março. Os dados de abril ainda não foram divulgados. Desde o dia 8 de fevereiro, as maternidades são obrigadas a oferecer, no momento do parto, o teste rápido para gestantes que não realizaram o exame durante a fase pré-natal. A medida foi concedida por liminar, em novembro, pela 5º Vara da Fazenda Pública da capital paulista. O teste é uma fita reagente sobre a qual deve ser pingada uma gota do sangue da parturiente. O resultado é conhecido em 15 minutos. O objetivo é dar às equipes médicas subsídios para adotar, na hora do parto, procedimentos que visam a reduzir o risco da transmissão vertical do HIV. Esse tipo de transmissão é aquela em que o vírus passa da mãe para a criança durante a gestação, no momento do parto ou na amamentação.

Com o conhecimento de que a parturiente está infectada, os médicos ministram o AZT injetável na mãe durante o nascimento da criança. O bebê tomará o AZT no formato de solução oral até o sexto mês de vida. A criança será monitorada, com acompanhamento das suas condições de saúde, até completar 2 anos de idade. Então, é submetida ao teste Elisa, um dos mais utilizados para detectar a presença do HIV no organismo, que indica se a criança desenvolveu anticorpos contra a presença do vírus. Esse teste fornece o diagnóstico conclusivo sobre a situação sorológica da criança. Apesar da alta eficácia do teste rápido - que tem 97% de confiabilidade -, as autoridades de Saúde destacam a importância de a mulher fazer o teste de HIV no início da gestação, durante os exames pré-natais. A grande vantagem é a redução das chances de contágio por meio das trocas que ocorrem entre mãe e filho pela placenta. Desde 1999, os serviços públicos e privados de Saúde são obrigados por lei a oferecer o teste para detecção do vírus HIV nas consultas pré-natais a todas as gestantes.