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A VIOLÃNCIA CONTRA A CRIANÃA

12/05/2004 - Diário do Grande ABC - SP

Francês confessa ter violentado os quatro filhos

O francês Thierry Delay, um dos principais acusados no julgamento por violações e maus-tratos que começou na semana passada no norte do país, admitiu nesta segunda-feira ter violentado seus quatro filhos "duas ou três vezes por semana".
Ele está entre o grupo de 16 pessoas, sendo seis mulheres, acusadas de violações coletivas e torturas a 18 menores entre 1995 e 2000. Todos começaram a ser julgados na terça-feira passada por um tribunal criminal de Outreau.
Os principais acusados são Thierry e sua esposa, Myriam, que na sexta-feira passada reconheceu ter abusado sexualmente de vários menores, entre eles seus próprios filhos.
Nesta segunda-feira, após ter tentado durante uma hora convencer o tribunal de sua inocência e de sua constante perda de memória, Delay acabou respondendo com um lacônico "sim" quando seu advogado lhe perguntou se tinha violentado seus quatro filhos: Kevin, Dimitri, Jonathan e Dylan.
No total, Delay, 40 anos, é acusado de abusos sexuais contra um total de 14 meninos, entre eles os seus filhos, aos quais também prostituiu. Até esta segunda-feira ele negava todas as acusações.
Perante o tribunal, ele foi descrito como "um marido alcoólatra", um pai "perverso" e um "agressor sexual" que colecionava "garrafas, selos, moedas, mas também crânios humanos, vídeos pornográficos, vibradores e outros objetos de caráter sexual".
O acusado admitiu nesta segunda-feira que batia nos meninos para que se calassem, mas negou tê-los violentado com instrumentos, como descreveram os menores, e também garantiu que não prostitua seus filhos.
Antes de conhecer sua última esposa, Myriam, Delay esteve casado três vezes. Suas esposas anteriores o abandonaram e há anos ele não vê as duas filhas que teve com as duas mulheres.
Os crimes julgados em Outreau aconteciam no apartamento do casal. Foi ali que os menores — os dois filhos do casal e mais de uma dezena de vizinhos e amigos com idades de 3 a 12 anos — foram violentados, maltratados e forçados a ver vídeos pornográficos.
O escândalo explodiu no ano 2000, quando os serviços sociais denunciaram que o casal tratava mal seus quatro filhos.
No total, cerca de 130 testemunhas prestarão depoimento no julgamento, que durará seis semanas. Os acusados eram 18, mas um deles, uma mulher, se suicidou na prisão à espera do julgamento.
Entre os que hoje estão no banco dos réus estão comerciantes locais, um porteiro e até mesmo um sacerdote.
Algumas das 18 crianças vítimas de abusos também poderão prestar depoimento durante o julgamento, previsto para terminar em 11 de junho.


Prostituição usa crianças de 2 anos
CORREIO DA PARAÍBA
A prostituição infantil está usando crianças cada vez mais novas na Ásia, principalmente no Camboja.
De acordo com o grupo de defesa dos direitos humanos Global-Protect All Children, há vítimas entre 2 e 6 anos de idade, tanto meninas como meninos.
Um dos fatores para o fenômeno é o medo da Aids, que faz os homens acreditarem que as crianças não são portadoras da doença, disse o grupo.
Yoichi Clark Shimatsu, assessor do Global-Protect All Children, descreveu o Camboja como uma “fronteira aberta” para a prostituição infantil na Ásia.
As leis do Camboja são imprecisas e vagas no que diz respeito à proteção de crianças do abuso sexual e, apesar dos milhares de turistas sexuais que chegam ao país todos os anos, o número de prisões é muito pequeno. Em algumas regiões, cidades inteiras estão envolvidas no comércio sexual.


Prostituição tem crianças de 2 e 6 anos
O NORTE (PB)
Hong Kong - A prostituição infantil está usando crianças cada vez mais novas na Ásia, principalmente no Camboja, denunciou ontem um grupo de defesa dos direitos humanos. Um dos fatores para o fenômeno é o medo da Aids, que faz os homens acreditarem que as crianças não são portadoras da doença, disse o grupo.
"Há vítimas entre 2 e 6 anos de idade, tanto meninas como meninos", disse Yoichi Clark Shimatsu, assessor do grupo Global-Protect All Children. Ele descreveu o Camboja como uma "fronteira aberta" para a prostituião infantil na Ásia. Turistas sexuais do mundo inteiro são levados para lá.
Agências assistenciais estimam que haja cerca de 35 mil pessoas trabalhando na indústria do sexo no país, sendo que um terço delas tem menos de 18 anos. As leis do Camboja são imprecisas e vagas no que diz respeito à proteção de crianças do abuso sexual e, apesar dos milhares de turistas sexuais que chegam ao país todos os anos, o número de prisões é muito pequeno, disse o grupo.
O país tem uma cultura profundamente patriarcal e machista. As famílias se dispõem a fazer sacrifícios em nome do primogênito.
Em algumas regiões, cidades inteiras estão envolvidas no comércio sexual. Os pais chegam a ansiar por entregar as filhas e os filhos mais jovens à prostituição para que o primogênito obtenha educação de qualidade, afirmou Shimatsu.
O Global-PAC foi criado em 1999 e lançou uma campanha para impedir a exploração sexual de crianças por estrangeiros. Também tenta construir refúgios para proteger as crianças cambojanas, além de conscientizar os pais para que protejam seus filhos. Mas o problema está se espalhando para outros países pobres da região, como Mianmar, de acordo com o grupo.