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DIA MUNDIAL DE LUTA CONTRA AIDS

01/12/2003 - Agência Aids

FÃRUM DE ONG/AIDS DE SÃO PAULO FAZ MANIFESTAÃÃO NO CENTRO DE SP

O Fórum do ONG/AIDS de São Paulo organizou uma manifestação na Praça São João, no centro da cidade, para alertar a população de que a AIDS NÃO MORREU!. O ato quis chamar atenção do público em geral para questão da doença, que ao contrário do que muita gente acredita, ela mata e continua infectando muitas pessoas. O Fórum de ONG/AIDS de São Paulo e o MOPAIDS entraram com uma representação no Ministério Público Estadual contra a prefeitura da cidade. Essas ONGs querem que o MP apurem a responsabilidade da Prefeitura pela ausência de 105 leitos em hospitais municipais e a falta de prevenção aos homens que fazem sexo com homens. Segundo Mário SChefer da ONG Pela Vidda, nos dados do último boletim epidemiológico, na cidade de São Paulo, os homossexuais são responsáveis por 31,2% dos novos casos registrados, e em 2001 por 30,4%. “O que vemos em São Paulo é um aumento de infeção nesse grupo. Desde o início desta gestão, estamos alertando para falta de prevenção contínua voltada aos homossexuais e nada foi feito. Atualmente só há duas ONGs que desenvolvem trabalho sistemático voltada a eles. O Pela Vidda e o Corsa. E nós sabemos que não é suficiente”, desabafa Schefer. No ato, os ativistas fizeram uma roda e todos de mão dadas leram um manifesto intitulado: A AIDS NÃO MORREU!, no qual dizia: que não há nada para comemorar, não dá para relaxar, a prevenção é deficiente e a assistência ao portador é precária. Após a leitura do manifesto os presentes deixaram uma mensagem em uma tecido. Nas faixas da manifestação haviam os seguintes dizeres: Marta, já se foram 3 anos. Chega de discurso. Exigimos já: leitos, medicamentos básicos, profissionais qualificados e prevenção no município. Segundo um dos manifestante que é uma pessoa que vive com HIV falta remédios para doenças oportunistas como herpes, micose, pneumonia entre outros. “Muitas vezes temos que fazer uma peregrinação nos postos de saúde para conseguir um desses medicamentos. Isto porque as farmácias não são informatizadas o que dificulta e muito nossas vidas”, relatou um portador que não quis se identificar. Mas, se o prefeitura está falhando na prevenção aos homossexuais, o mesmo não se pode dizer com os travestis, transexuais e profissionais do sexo. O Programa Municipal de DST/AIDS tem o projeto: Tudo de bom: Parcerias de Prazer, Saúde e Direitos, no qual travestis, transexuais, garotos de programas e prostitutas são agentes de prevenção para os seus pares. “Nós vamos aos locais de trabalho desses grupos e falamos de prevenção. Nós somos super bem recepcionados porque os colegas gostam de ver um profissional do sexo falando de igual para igual, relata a transexual Thaís.