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SAÃDE: COBRAR AÃÃES
11/02/2011 - Agência Aids
Fórum de ONG/Aids de São Paulo elogia atitudes do novo ministro
Fórum de ONG/Aids de São Paulo elogia atitudes do novo ministro da Saúde, Alexandre Padilha, mas garante que irá cobrar ações da Pasta
Na primeira reunião ordinária deste ano da entidade que representa as ONGs paulistas na luta contra aids, um dos temas ressaltados foi a boa relação entre ativistas e o ministro da Saúde, Alexandre Padilha. âMas não é por isso que vamos deixar de cobrá-lo quando necessárioâ, garantiu Rodrigo Pinheiro (foto), presidente da instituição.
Durante o encontro, o coordenador do GIV (Grupo de Incentivo à Vida), Cláudio Pereira, contou que Padilha se mostrou bastante receptivo com os as ativistas. âNa reunião que tivemos em janeiro com o ministro, ele escutou nossas demandas e recebeu bem a carta compromisso de luta contra a aidsâ, declarou. âPadilha afirmou publicamente que aquela carta será plano de governo do Ministério no enfrentamento da aidsâ, lembrou.
Outros destaques da reunião
Primeira consulta - Participantes da reunião reclamaram sobre a demora na primeira consulta médica para quem se descobre com o vÃrus da aids. Este intervalo, de acordo com os militantes, chegaria a quatro meses. âO usuário pode desistir de iniciar o tratamento, desenvolver doenças oportunistas e problemas psicológicosâ, declarou José Roberto Pereira (Betinho), membro do Fórum.
Em recente entrevista à Agência Aids, Arthur Kalichman, coordenador adjunto do Programa Estadual de DST/Aids de São Paulo, informou que âtodas as pessoas diagnosticas positivas para o HIV e que são assintomáticas estão esperando até 60 dias para iniciar as consultas médicasâ.
Segundo ele, quando um paciente é diagnosticado positivo no CRT, é imediatamente matriculado no serviço para fazer os exames de carga viral e CD4, ou seja, os indicadores do estágio da aids no organismo. âAqueles com sintomas, encaminhos para o atendimento mais rápidoâ, disse.
Agenda PolÃtica- Os integrantes do Fórum também referendaram a agenda polÃtica da entidade para 2011. Entre as principais demandas de trabalho estão a necessidade da oferta de exames de DST/HIV em exames de rotina de pessoas sexualmente ativas, o fomento à prevenção positiva (relação sexual em que ao menos uma das pessoas possui HIV) e a divulgação do programa de profilaxia pós-exposição.
Segundo o presidente da entidade, as necessidades foram elencadas com base no boletim epidemiológico do Estado de São Paulo, na carta compromisso de combate à aids assinada pela presidenta Dilma Rousseff no perÃodo eleitoral e em plenária com os ativistas.