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CASTIDADE E PREVENÇÃO

11/05/2007 - AFP

Castidade não pode ser política de saúde pública, diz ministra

A secretária brasileira dos Direitos da Mulher, Nilcea Freire, afirmou nesta sexta-feira que a castidade preconizada para a juventude pelo Papa Bento XVI não pode servir de base a uma política eficaz de luta contra a Aids.
"Acho que a que a questão da castidade, como ja disse, (é uma) decisão absolutamente individual. Não tenho nada contra nem a favor de quem quer ser casto ou de quem não quer ser casto. Agora, não podemos basear o programa de prevenção as doenças sexualmente transmissíveis e a Aids preconizando castidade. É absolutamente incompatível", disse ela em entrevista por telefone à AFP. Esse enfoque se choca com a hierarquia católica, que critica a distribuição de camisinhas em estabelecimentos escolares, e com a política dos Estados Unidos, que subordina o repasse de ajuda financeira à adoção de critérios morais nas campanhas contra a doença.
"Nós preconizamos o uso do preservativo tanto masculino quanto do preservativo feminino que comprovadamente tem sido eficaz na sua utilização na prevenção das doenças sexualmente transmissíveis e do HIV".
O Papa defendeu em ato ante 40.000 jovens em São Paulo, "a castidade, dentro e fora do casamento, como um baluarte de vossas esperanças futuras".
"Da mesma maneira, respeito o posicionamento da Igreja e não me sinto no direito de interfirer ... sobre como a Igreja deve se posicionar, eu acho que a questão do combate a Aids compete ao governo e devemos conduzi-lo de acordo com as necessidades da população brasileira, afirmou Nilcea Freire.