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A CHINA E A PREVENÇÃO

25/10/2006 - EFE

Hotéis de Xangai não querem seguir regras de prevenção

Muitos hotéis de luxo de Xangai, centro econômico e financeiro da China, se recusam a distribuir preservativos a seus clientes, descumprindo a política do Governo contra a aids, revelou hoje uma fonte oficial.
Segundo a Comissão Demográfica e de Planejamento Familiar, quase metade dos 2.300 hotéis e estabelecimentos de lazer de Pudong, o principal distrito de negócios da cidade, ignoram a distribuição gratuita de preservativos e a instalação de máquinas de venda de camisinhas.
"Mais de 80% de nossos clientes são estrangeiros que freqüentemente trazem seus próprios preservativos ou os compram com a ajuda de algum de nossos empregados", disse um dos proprietários do hotel de luxo St. Regis Xangai.
"Colocar em cada quarto de hóspedes preservativos gratuitos seria uma despesa desnecessária e completamente absurdo", acrescentou.
A Comissão Demográfica, encarregada da distribuição de preservativos, lamenta que em outros estabelecimentos, como os salões de beleza, a distribuição ou a venda de preservativos seja coibida pelo medo dos proprietários de incomodar o cliente e ou de danificar a imagem do seu estabelecimentop.
No entanto, o Governo pretende dar continuidade à sua política de distribuição de camisinhas, diretamente relacionada à "Lei de Controle e Prevenção da aids".
Essa lei exige desde que aqueles lugares públicos escolhidos pelos Governos municipais ou provinciais devem oferecer preservativos de forma gratuita ou instalar máquinas de venda de camisinhas.
Segundo os cálculos do Governo chinês e do Programa das Nações Unidas contra a Aids (Unaids), no país asiático vivem cerca de 650.000 portadores do vírus.