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XVI Conferência Mundial de AIDS 1
14/08/2006 -
Morbilidade e Mortalidade na Era da TARV
Resultados de uma série de estudos observacionais retrospectivos demonstram que a contagem inicial de CD4 é o preditor mais consistente da incidência de eventos de AIDS e mortalidade depois do inÃcio da TARV, independentemente da região geográfia.
A coorte italiana âMASTERâ avaliou padrões de resposta viral e imunológica aos 18 meses do inÃcio da TARV, como preditor da progressão clÃnica. O padrão de resposta viro-imunológica não esteve associado com progressão clÃnica, mas sim uma história de evento de AIDS, e contagens basais de CD4. Na coorte francesa âAquitaineâ, a freqüência de hospitalizações declinou em 46% entre 2000 e 2004.
Numa coorte do Kenyat, Siika e colegas mostraram que uma contagem basal de CD4 inferior a 100 células/ mm3, gênero masculino, estágio da doença segundo OMS, adesão pobre, e anemia estiveram associados com mortalidade após o inÃcio de TARV. Os pacientes que receberam assistência num serviço urbano tiveram menos chance de morrer comparados com os que receberam assistência em algum dos 14 serviços rurais. O autor postulou que isto pode estar relacionado com menor quantidade de profissionais e recursos de laboratório nestes locais rurais (MOPDB04). Ojikutu e colegas em Durban, Africa do SUl, descreveram uma associação entre contagem basal de CD4 inferior 50 células/mm3 e uma história de candidÃase oral e mortalidade depois do inÃcio da TARV. Um estudo de Uganda da Universidade Makerere em Kampala mostrou que a contagem mediana de CD4 dos pacientes que morreram depois do inÃcio da TARV foi significativamente menor do que as contagens de CD4 dos pacientes que sobreviveram (24 vs 110 células/mm3, P=0.002).
Na discussão que se seguiu, os participantes reconheceram os benefÃcios potenciais do inÃcio precoce da TARV. Isto é um desafio na prática, dada a freqüência de diagnóstico tardio e a disponibilidade limitada de ARV em muitos casos. Uma pergunta foi levantada sobre se "contagens muito baixas de CD4" eram marcadores de outro fator, como as "infecções oportunistas subclÃnicas ", que realmente estejam levano à morte aos pacientes na Africa.
Traduzido por Jorge Beloqui