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OS NÃMEROS DA AIDS

12/08/2006 - EFE

Infectados pelo HIV chegam a quase 40 milhões em todo o mundo

Um quarto de século depois dos anúncios dos primeiros casos de aids, no início dos anos 80 do século passado, 38,7 milhões de pessoas estão infectadas com o vírus da Síndrome da Imunodeficiência Adquirida (HIV) em todo o mundo, com estimativas de que 25 milhões de pessoas morreram nestes 25 anos.
Em 2005, a aids foi responsável pela morte de 2,8 milhões de
pessoas, e mais de quatro milhões foram infectadas pelo vírus.
Embora os pesquisadores da área médica indiquem uma eventual
"desaceleração" da epidemia, advertem que esta tem registrado
crescimento em algumas regiões, como no continente africano, o mais
atingido, com 24,5 milhões de pessoas infectadas com o vírus.
O número total de pessoas que viviam com o HIV alcançou altas
históricas em 2005, com 40,3 milhões de infectados e sua incidência
crescendo em todas as regiões do mundo. A doença avançou mais,
segundo relatório do Unaids (Programa das Nações Unidas para a Aids)
de maio de 2006, na Europa Oriental, China, Índia e América Latina.
As mulheres e meninas constituem, além disso, quase que a metade
de todos os que vivem com o vírus HIV no mundo. Só na África
representam mais de 50% de todos os infectados e, do grupo de jovens
de 15 a 24 anos, mais de 70% são do sexo feminino.
Contrariando as teorias que apontavam para uma "estabilidade" da
epidemia, esta tem provado ser extremamente dinâmica. Embora tenham
se passado 25 anos desde que o primeiro caso foi descoberto, a
vacina contra a doença ainda está longe de ser obtida.
Com esses dados, a epidemia duplica as previsões feitas pelo
Unaids em meados da década de 1990, e evidenciam a relação entre
aids e pobreza, já que 95% dos infectados vivem em países em
desenvolvimento.
Na América Latina e no Caribe a epidemia se propaga tanto pelas
relações sexuais entre pessoas de sexo diferentes como entre
homossexuais, também representando um índice importante entre os
infectados aqueles que adquiriram o vírus HIV por meio de materiais
injetáveis não esterilizados.
Atualmente, de 1,2 milhão a 2,4 milhões de pessoas possuem o
vírus da aids na América Latina, com um terço delas no Brasil. Na
América do Norte e na Europa Central estima-se que cerca de dois
milhões de pessoas vivam com o HIV.
Nos países ricos, os infectados têm acesso a medicamentos
anti-retrovirais, o que significa que conseguem viver mais tempo e
em melhores condições. Nos Estados Unidos, após a introdução do
tratamento com anti-retrovirais em 1996, as mortes relacionadas à
aids recuaram consideravelmente até o final de 1990, embora depois
tenham feito isso de forma mais gradual.
Na Europa Ocidental o número acumulado no período foi de 550 mil
a 950 mil, com até 220 mil novas infecções, segundo o Unaids.
Na Europa Oriental os dados evidenciam tendências preocupantes,
já que o HIV se propaga com maior rapidez que no resto do mundo e
tanto o vírus, como a doença, têm um perfil jovem.
Os dez países nos quais a aids está presente em números
superlativos são: Índia, com 5,7 milhões de pessoas infectadas;
África do Sul, 5,5 milhões; Nigéria, 2,9 milhões; Moçambique, 1,8
milhão; Zimbábue, 1,7 milhão; Tanzânia, 1,4 milhão; Quênia, 1,3
milhão; EUA, 1,2 milhão; Zâmbia, 1,1 milhão; e Uganda, com um
milhão, segundo estimativas do relatório do Unaids de maio de 2006.
Os países com maior número de infectados estão na África, mas a
Índia superou a República Sul-Africana em número de casos de aids e
conta com dois terços dos infectados de todo o continente asiático.